O presente que os nossos filhos nos deram
Há muitos Natais que eu fiz um decreto que proibia os nossos filhos de nos darem presentes! Claro que nunca passou a lei e por isso nunca se cumpriu e assim todos os anos temos tido uma surpresa, sim uma surpresa no verdadeiro sentido da palavra pois ficamos sempre verdadeiramente surpreendidos!
Há 17 anos andávamos em mente com uma viagem a Nova York, mas era ainda uma coisa que andava a fermentar nas nossas ideias… nesse Natal recebemos, como já disse, a “Cavalgada Cinzenta” do Fernando Namora com uma dedicatória deliciosa que só não transcrevo porque o livro está no nosso quarto em Portalegre e nós estamos aqui em Montreal!
Depois tivemos Bilhetes para a Ópera em S. Carlos, para o Musical “miss Saigão, depois bilhetes para três passeios pedestres organizados pela SAL, mais bilhetes para o musical West Side Story, mais um maravilhoso espectáculo no Convento de Cristo em Tomar (O Nome da Rosa), um Guia Michelin sobre o Canadá, o ano passado um cruzeiro no Douro… e este ano bilhetes para o Bailado Quebra Nozes aqui em Montreal!
Claro que hoje, com a internet, se podem comprar bilhetes para espectáculos em qualquer parte do mundo e assim eles conseguiram fazer-nos esta surpresa que vinha impressa numa simples folha de A4 já que os bilhetes nos foram entregues aqui.
Já me esquecia de dizer que os presentes são sempre antecedidos de um enigma para decifrarmos o que vamos receber e, como imaginam, essa é a melhor parte da noite para os nossos três filhos que, de fora, apreciam o nosso esforço para adivinhar o que está dentro de uma embalagem que nunca tem nada a ver com o presente!
Trocaram-se os papeis, antes éramos nós a apreciar e a deliciar-nos com as surpresas que lhes dávamos ou com as do Pai Natal (enquanto acreditaram), agora são eles que ficam na expectativa da nossa reacção e garanto-vos que se divertem!
Mais uma vez a internet veio ajudar, aqui em baixo podem ver 30s do espectáculo que durou duas horas e foi do mais lindo que já vimos, mesmo depois de termos visto o “Fantasma da Ópera” na nossa primeira ida a Nova York. Obrigada queridos!