Eram quatro horas da manhã quando me puseram nos braços um “bebé chorão” totalmente carequinha! Continuou carequinha e chorão por muito tempo, mais parecia que o colchão fofo que tinha na caminha era um “colchão de faquir”! E este hipotético colchão durou até para lá dos 3 anos…mas a partilha de noites menos bem passadas ajudou a ultrapassar tudo isto.
À parte de não apreciar o colchão por fofo que fosse, o Hugo foi sempre um menino tranquilo e bem comportado mas um verdadeiro destruidor de brinquedos o que realmente não se parece ajustar a esse comportamento.
Como mãe que quis manter o mais tempo possível o seu filho longe dos brinquedos bélicos, durante muito tempo não teve nenhuma pistola, mesmo depois de um dia ter imitado uma a partir de uma bolacha wafer mordiscando daqui e dali dando ao rectângulo que era a bolachan a forma de uma pistola… mas eu ignorei. Porém fiquei a pensar se valeria a pena manter a minha decisão até que no verão desse mesmo ano na Praia Grande, (onde normalmente passávamos duas semanas de férias) teria ele uns quatro anos, quando descobriu um bocado de madeira exactamente com a forma de uma espingarda e… pum, pum, pum em direcção às ondas! Nesse preciso momento desvaneceram-se as minhas intenções de o manter longe desses brinquedos bélicos! Depois disso estragou aposto que mais de uma dezena de pistolas, espingardas e revolveres…
Como disse e apesar de adorar e destruir pistolas era um menino muito tranquilo e nada dado a brincadeiras que exigissem disfarces… portanto nada de colaborar nas festas de Natal da avó Alice que, tinha sempre guardado para ele o papel do principe da história ou devestir fantasias de Carnaval!
Como sempre os jardins escolas pedem aos pais para no Carnaval mandarem as crianças fantasiadas mas não era fácil convencer o Hugo. Lembro-me que, tinha ele também quatro anos, e porque andava a dar a série na televisão, quis fantasia-lo de Sandocan. Lá fiz a túnica e as calças tufadas, o cinturão e o respectivo turbante, este de uma fralda do irmão. Tudo pronto… as calças e a túnica ainda se vestiram, mas quem o convence a por o turbante? Ninguém, entre choros e nãos o que consegui foi tirar-lhe uma fotografia (que ainda deve andar lá por casa) mas leva-lo para a escola isso foi impossível! Hoje na sua casa acho que há um pequenino que se vai sair ao pai.
Na Escola Primária e pelo Ciclo Preparatório passou quase sem eu dar por isso. Excluindo as queixas da Srª D. Maria do Céu por causa da letra, muitas vezes ilegível e que acho que hoje ainda se mantém! Depois e até hoje foi um filho muito querido.
P.S. Esta fotografia foi recortada de uma fotografia do baptizado do André, tinha ele cinco anos e meio.